Queridos irmãos e irmãs,
no Evangelho de hoje (Mc 9,38-40), contemplamos um homem expulsando demônios em nome de Cristo. O fato de expulsar demônios é muito comum em várias passagens dos Evangelhos e tem um significado muito importante. Significa que o Reino de Deus é presença real em meio a humanidade. Ainda hoje é necessário, em nome de Cristo, expulsar algumas espécies de demônios de nosso meio. Demônios que causam morte; violência de todos os tipos, em especial contra a mulheres; corrupção; indiferença à dor do irmão; entre outros demônios. Todas as vezes que expulsamos estas e outras espécies de demônios, mais fortalecemos a presença do Reino de Deus.
No presente Evangelho, o homem que expulsa demônios em nome de Cristo não faz parte do grupo dos doze. Fazer parte de um grupo como o de cristãos é muito importante e faz com que seus membros sejam cada vez mais fortes na fé e na caridade. Porém, fazer parte de um grupo - como o de cristãos - não assegura a salvação, pois podemos nos acomodar, fazer somente o básico e acharmos que já é o suficiente. Fato é que muitas pessoas que não fazem parte de nenhum grupo religioso às vezes são bem mais comprometidas. A salvação é marcada por um compromisso pessoal de identificação com Cristo. O homem do Evangelho não fazia parte do grupo, mas era comprometido e se identificava com a missão do Mestre.
Quando torcemos para um time, andamos com a camisa que nos identifica com este time. Não andamos com a camisa do rival. Assim é o verdadeiro discípulo missionário que, ao caminhar pela vida, deixa as marcas do Eterno, se identifica com a missão e faz as coisas em nome de Cristo. Sejamos, queridos devotos e devotas, à exemplo do homem do Evangelho, identificados com Cristo e sua missão. Mãe do Perpétuo Socorro, rogai por nós.
Missionário redentorista, padre Donizete Araújo
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